Crianças e idosos são grupos particularmente vulneráveis, pois podem ter dificuldade em regular a temperatura corporal e podem não perceber a desidratação tão rapidamente quanto os adultos
BH deve registrar mais de 39 graus esta semana, o que seria a maior temperatura já registrada na capital mineira, historicamente. O calor excessivo representa uma ameaça significativa para a saúde humana, especialmente à medida que as temperaturas globais continuam a aumentar devido às mudanças climáticas. Esses efeitos adversos têm um impacto generalizado na saúde das pessoas e são motivo de preocupação crescente. Um dos problemas mais graves é a insolação, que ocorre quando as altas temperaturas, muitas vezes associadas à exposição direta ao sol, levam a sintomas como confusão mental, tonturas, náuseas, pele vermelha e quente, pulso acelerado e respiração rápida. A insolação é uma condição séria que exige atenção médica imediata.
Além disso, a exposição prolongada ao calor excessivo pode causar exaustão por calor, caracterizada por fraqueza, sudorese intensa, pele pálida e úmida, pulso rápido e dor de cabeça. Se não for tratada, pode evoluir para insolação. A desidratação é outra preocupação importante durante períodos de calor extremo. O aumento da transpiração pode resultar em uma perda significativa de líquidos e sais do corpo, levando a sintomas como boca seca, urina escura e concentrada, fadiga e tontura. Em casos graves, a desidratação pode causar problemas mais sérios, como insuficiência renal.
Aratti Simões, clínico geral do Hospital Semper, explica que para aqueles com condições médicas preexistentes, como doenças cardíacas, respiratórias e renais, o calor excessivo pode agravar essas condições e aumentar o risco de complicações de saúde. Problemas respiratórios, como asma e DPOC, podem se agravar devido à má qualidade do ar durante ondas de calor, com altas concentrações de poluentes atmosféricos. “O calor excessivo pode sobrecarregar o sistema cardiovascular, aumentando o risco de doenças cardíacas, como ataques cardíacos e derrames, especialmente em pessoas idosas e com problemas cardíacos preexistentes”, ressalta o médico.
Aratti explica ainda que, os problemas dermatológicos também estão associados ao calor excessivo, incluindo queimaduras solares, envelhecimento prematuro da pele e aumento do risco de câncer de pele devido à exposição solar intensa. “Existe sim um grupo suscetível a esses problemas, crianças e idosos são particularmente vulneráveis, pois podem ter dificuldade em regular a temperatura corporal e podem não perceber a desidratação tão rapidamente quanto os adultos”, afirma, por fim.
Portanto, é fundamental que as pessoas estejam cientes dos riscos associados ao calor extremo e adotem medidas preventivas, como manter-se hidratado, evitar a exposição direta ao sol durante as horas mais quentes do dia, usar roupas leves e proteger-se adequadamente. Além disso, as autoridades de saúde e governos devem implementar planos de resposta a ondas de calor para proteger os mais vulneráveis e minimizar os impactos na saúde causados por esse fenômeno climático.
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