SAMBISTA MINEIRO RAFAEL SOARES LANÇA ÁLBUM “AFROBRASILEIRO”
Trabalho traz oito faixas que valorizam e contam histórias do povo negro. Músicas relacionam-se com a trajetória do cantor dentro de grupos de capoeira, rodas de samba e rituais sagrados de matriz africana. Show de lançamento está marcado para o dia 25 de março, sábado, no Teatro Marília.
Entre coexistências, transformações, desvios, rupturas e encruzilhadas da teia ancestral da cultura afrodiaspórica brasileira, surge a concepção do primeiro álbum do cantor compositor e instrumentista Rafael Soares, intitulado “Afrobrasileiro”. Com oito faixas, o trabalho parte de referências do samba e da capoeira, e transita por tempos e musicalidades negras diversas, visitando passado, presente e futuro. O show de lançamento será no dia 25 de março, sábado, às 20h, no Teatro Marília. Os ingressos custam R$ 30,00 (inteira) e R$15,00 (meia) e estão à venda no site Sympla . Classificação: Livre. Duração: 1 hora. O álbum “Afrobrasileiro” está disponível em todas as plataformas digitais.
Natural de Belo Horizonte, Rafael Soares iniciou a carreira em 2010 nos grupos musicais “CoraSamba” e “Alvorecer”. Em 2015 e 2016 integrou o grupo de cantores das “Baterias Show” da “Imperatriz Mineira” e “Imperador” e da Escola de Samba da “Acadêmicos Venda Nova”. Em 2017, o sambista lança carreira solo, juntamente com o seu primeiro single “Conto de Vovó”, em parceria com Gabriel Goulart. “A música teve uma ótima aceitação do público do samba, o que me incentivou a compor mais. Então, passei a cantar também sambas de alguns compositores parceiros nas minhas rodas, o que deu muito certo. Com essa resposta positiva do público nas rodas, começamos a pensar no registro dessas obras, e resolvemos partir para a produção do primeiro álbum, resultando no “Afrobrasileiro”, conta o sambista.
O trabalho artístico de Rafael Soares tem o samba e a capoeira como principais vertentes, e a sua musicalidade é marcada pela conexão com a ancestralidade negra. “A minha música faz parte do meu sagrado. A ancestralidade se faz presente em todas as instâncias de minha vida. Desde criança tenho uma ligação muito forte com o tambor, o berimbau e com os cantos. É importante lembrar que para se falar de ancestralidade é preciso desconstruir a ideia de que o ancestral está apenas no passado, quando na realidade ele se faz presente habitando temporalidades múltiplas, por meio de tudo que foi deixado como legado e ensinamento. Nós somos, hoje, a soma de tudo o que foram nossos ancestrais, por isso não tem como dizer que eles não estão presentes. Quando eu canto sinto que faço parte de algo maior que começou a muito tempo e que vai continuar existindo de alguma forma, mesmo quando eu não estiver mais aqui. São todos esses precedentes que, de certa forma, me transformaram no artista que sou hoje”, explica Rafael Soares.
A sonoridade do trabalho do sambista utiliza-se de fundamentos da cultura afrobrasileira sagrada e profana, sempre interligada com o legado da música negra no mundo. Berimbau, atabaque, batás, cavaco, violão e guitarra se unem às oito composições que dão vida ao álbum e serão tocadas no show: “Força do Tempo” (Rafael Soares e Márcio Nagô), “Berimbau” (Wander Cassimiro/ Rômulo Cabral /Ricardo Barrão), “Herança” (Alexandre Cruz), “Corpo Negro” (Alexandre Rezende), “Cativo” (Bruno Cupertino e Joãozito), “Canto Pra Janaína” (Luis Lobo e Gabriel Goulart), “Negro Samba” (Bruno Cupertino e Betinho Moreno) e “Jongo Beira Mar” (Alexandre Rezende e Bobô da Cuíca). “Todas as faixas, em algum momento, fizeram ou fazem parte da roda de samba. Tanto a escolha dos compositores quanto das músicas se deu de forma espontânea, atrelada a temática pré-definida da negritude. Eu fui experienciando e cantando as minhas músicas e de parceiros, resultando no álbum”, conta o artista.
Show – lançamento álbum Afrolobrasileiro
Sambista Rafael Soares
25 de março, sábado, às 20 horas
Teatro Marília
Ingressos: R$ 15,00 (meia) e R$ 30,00 (inteira)
Vendas: www.sympla.com.br
Classificação: livre
Duração: 1h
Adicionar Comentários