Encontro com Iemanjá – Festejo Tradicional dos Terreiros de Umbanda 13/08

Encontro com Iemanjá, Festejo Tradicional dos Terreiros de Umbanda na Lagoa da Pampulha, acontece neste sábado, com carreata

Neste sábado, dia 13 de agosto, acontece a tradicional Festa de Iemanjá, no portal de Iemanjá na Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte. O 2 de fevereiro dos mineiros cai em agosto por causa do sincretismo religioso, pois, no dia 15 é celebrada Assunção de todas as Nossas Senhoras e de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira da capital mineira. Para chamar a atenção da população, será realizada uma carreata com os terreiros de Umbanda saindo da rua Diamantina, na Lagoinha (no quarteirão entre Borba Gato e Rio Novo).

Este ano, a tradição que está completando 69 anos, eleita patrimônio imaterial da cidade de Belo Horizonte, toma ainda mais força. “Precisamos dar visibilidade à nossa festa para reafirmarmos nosso direito de celebração de uma religião de matriz africana e combater os frequentes ataques físicos e verbais que as casas de Umbanda e Candomblé vem sofrendo. A intolerância religiosa não pode calar nossos tambores”, afirma Pai Ricardo (Ricardo de Moura), presidente do centro de Umbanda Pai Jacob do Oriente e presidente do RUM (Reunião Umbandista Mineira) que conta com a participação de 30 terreiros de Belo Horizonte e Região Metropolitana, que realizam a festa.

Ritual

A cerimônia de abertura começará às 19h30, com a entonação do hino da umbanda, defumação, a pemba, lavagem das escadarias, entrega das flores, e a entrega dos barcos e presentes a Iemanjá, tudo ao som dos atabaques. Após a cerimônia de abertura, os terreiros darão início à suas giras, que darão passes nos participantes. Tudo gratuito. É só chegar e participar.

Sincretismo religioso e preservação ambiental

O local da festa será limpo antes e depois da festa. “Vamos varrer tudo antes e depois da festa. Não queremos deixar sujeira, e vamos orientar os participantes para que, coloquem apenas o que a natureza consome, resíduos e embalagens de plástico, vidros e outros devem ser descartados nas lixeiras. A Umbanda é natureza, temos que preservar o ambiente onde estivermos. Queremos divulgar a expressão de nossa religiosidade e cultura, quebrando preconceitos”, conclui o presidente da Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente, Ricardo de Moura.