Ao contrário de seus dois filhos, durante a infância, a escritora e roteirista Gabriella Mancini não cresceu em uma casa com muitos livros. Assim, o apreço que desenvolveu pela leitura, ela credita aos momentos compartilhados com a avó materna, quando essa, empenhada em fazer a neta dormir, caprichava na contação de histórias. Uma, em especial, ficou tão gravada na memória afetiva de Gabriella que ela resolveu transportá-la par ao formato livro: e assim surgiu “O Pássaro Azul” (Editora Estrela Cultural), que será lançado neste sábado, das 11h às 14h, na Livraria da Rua. Na ocasião haverá contação de histórias.
Em “O Pássaro Azul”, a história tem como personagem central uma menina, Maria, que toda noite é brindada com o cantar da ave citada no título – na verdade, uma arara. Ocorre que, certo dia, essa rotina é interrompida pela irmã da protagonista, que, invejosa que só, o fere e o manda para bem longe. Para reencontrar o amigo, ela terá que gastar sete pares de sapatos. Mas contará com a ajuda de Rei Sol, Rei Vento e Rei Lua.
Nascida em Belo Horizonte, em 1979, Gabriella Mancini conta que já pesquisou bastante a origem da história contada pela avó, Zica. “Porque eu não tinha lido nada igual. Até encontrei um elemento em comum em uma história francesa, assim como imaginei que pudesse ter vindo da Rússia”, aventa, referindo-se ao fato de seu bisavô, pai desta avó, ter estudado a língua e, portanto, lido vários contos daquele país. “Mas, infelizmente, não cheguei a identificar ainda. É uma curiosidade pra mim”.
Adicionar Comentários