O programa será apresentado nos dias 29 e 30/4, às 12 e 20h; repertório conta com obras de Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e Radamés Gnattali e participação dos solistas Hercules Gomes (piano), Danilo Penteado (contrabaixo) e Lucas Casacio (percussão)
No dia 30 de abril, às 20h, o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes será palco do concerto “Homenagem aos Brasileiros”, parte da série “Concertos da Liberdade”. A apresentação celebra importantes datas do calendário nacional – o Dia do Trabalhador, o Dia de Tiradentes e o Dia dos Povos Indígenas – por meio de um repertório que destaca a diversidade e a riqueza da música brasileira. Sob regência da maestra Ligia Amadio, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais recebe como solistas os músicos Hercules Gomes (piano), Danilo Penteado (contrabaixo) e Lucas Casacio (percussão). O programa reúne três obras de grandes compositores brasileiros, que sintetizam diferentes expressões culturais do país: Heitor Villa-Lobos, Camargo Guarnieri e Radamés Gnattali. Os ingressos para o evento estão disponíveis por R$ 15 (meia-entrada) e R$ 30 (inteira), à venda na Eventim e na bilheteria do Palácio das Artes. Já na terça-feira (29/4), serão apresentados trechos do concerto no “Sinfônica ao Meio-Dia”, com entrada gratuita.
A abertura do concerto será com a estreia mundial da obra “A Lenda do Boto Cor-de-Rosa”, composta por Alexandre Kanji, spalla da OSMG. Trata-se da abertura de uma ópera inspirada por uma viagem para Manaus. Em seguida, vem a “Suíte Vila Rica”, de Camargo Guarnieri, baseada na trilha sonora composta para o filme “Rebelião em Vila Rica” (1957). A obra, posteriormente adaptada para orquestra, traduz musicalmente o Brasil colonial com influências de modinhas, toadas, cantigas infantis, danças africanas e viola caipira. É a única obra de Guarnieri originalmente concebida para o cinema e foi dedicada ao então Ministro da Educação e Cultura, Clóvis Salgado – que, nos anos 1970, foi quem mais levantou recursos financeiros para viabilizar a retomada e conclusão das obras do atual Palácio das Artes.
Posteriormente, será apresentado o “Concerto Carioca nº 2”, de Radamés Gnattali, peça histórica por ser a primeira composição brasileira a trazer a bateria como instrumento solista ao lado de uma orquestra sinfônica. Escrita nos anos 1960, a obra homenageia a música popular brasileira por meio dos gêneros samba e choro. Encerrando a programação, a “Bachianas Brasileiras nº 7”, de Heitor Villa-Lobos, une a estrutura da música barroca ao espírito brasileiro. Composta em 1942, a obra é dividida em quatro movimentos e reflete o ideal nacionalista do compositor, que via a cultura popular como fonte legítima da identidade musical brasileira. A peça é uma síntese das expressões indígenas, folclóricas, rurais e urbanas do país e faz parte de uma série de nove composições de Heitor Villa-Lobos, escritas entre 1930 e 1945. Nelas, o compositor mistura o material folclórico brasileiro, em especial a música caipira, às formas pré-clássicas de Bach.
O espetáculo “Concertos da Liberdade – Homenagem aos Brasileiros” é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vale-Cultura. Governo Federal, Brasil: União e Reconstrução.
O resgate de uma obra – Radamés Gnattali compôs o “Concerto Carioca nº 2” em 1964. Porém, a obra ficou esquecida por quase meio século até ser descoberta por um grupo de músicos: o “Quatro a Zero”, que tem, entre os integrantes, os solistas do concerto Danilo Penteado e Lucas Casacio. Em sua tese de doutorado, Casacio analisou, especificamente, essa obra de Gnattali.
“O ‘Concerto’ foi dedicado ao Tamba Trio e composto pelo Radamés a pedido do percussionista Hélcio Milito, um dos fundadores do Tamba. É um concerto para um trio solista, com bateria, piano e contrabaixo, que era a instrumentação básica do grupo. Mas o Tamba Trio não chegou a tocá-lo. O material ficou guardado por um bom tempo, até que nós [do grupo Quatro a Zero] conseguimos ter acesso a ele e trabalhar na revisão, edição e finalmente na interpretação musical. A partir do trabalho feito no doutorado, com as revisões e a editoração das partituras, pudemos gravar o concerto a convite da Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, além de termos tocado com diferentes orquestras no Brasil e no exterior”, explica o músico. O pianista Hércules Gomes não integra o grupo, mas participou das apresentações sinfônicas da obra desde então.
ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a OSMG cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto –, Concerto nos Parques, Concertos Comentados e Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Ligia Amadio é a sua atual regente titular e diretora musical.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS. A instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.
Sinfônica ao Meio-Dia
Data: 29 de abril de 2025 (terça-feira)
Horário: 12h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes
(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)
Classificação indicativa: 10 anos
Entrada gratuita, sem retirada de ingressos
Concertos da Liberdade – “Homenagem aos Brasileiros”
Data: 30 de abril (quarta-feira)
Horário: 20h
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes
(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)
Classificação indicativa: 10 anos
Valor dos ingressos: R$ 15 a meia-entrada e R$ 30 a inteira, à venda na Eventim e na bilheteria
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