Na abertura da Plenária Estatutária Ordinária da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), em João Pessoa/PB, a presidenta da FNE, Solange Caetano, enfatizou os desafios enfrentados pela categoria e reforçou a importância de avançar na luta pela valorização profissional. “Porque o STF vinculou o nosso piso à jornada de 44 horas, hoje a grande maioria dos nossos trabalhadores, tanto no setor público quanto no setor privado, cumpre principalmente no setor privado: Jornada de 36 horas e aí, em vez de estar recebendo R$ 4.750, estão recebendo R$ 3.800. Então, a valorização que tanto sonhávamos, nós não conseguimos atingir, apesar de termos tido uma grande vitória. Mas estamos aí, estamos na luta”, destacou.
A presidenta ressaltou o trabalho da FNE no Senado Federal para aprovar a PEC 19/2024, que propõe vincular o piso salarial à jornada máxima de 30 horas semanais, além de discutir outras pautas importantes, como o fim da escala 6×1. “Vamos debater, aqui a questão do fim da escala 6×1, se é bom ou não para a enfermagem. Se a gente vai encampar ou não essa luta. Se a gente vai assumir a luta pelo fim da jornada de 6×1 e 4×3 ou como vamos trabalhar”, pontuou, destacando a necessidade de estratégias sólidas para fortalecer os direitos da categoria.
A Plenária Estatutária Ordinária, que acontece do dia 26 a 29 de novembro de 2024, reúne delegados, especialistas e lideranças sindicais para discutir temas fundamentais para a enfermagem, como o piso salarial, o financiamento do SUS, a jornada de trabalho e as negociações coletivas, além de questões administrativas e estratégias de mobilização sindical. Por fim, Solange encerrou sua fala com um chamado à mobilização: “Eu conto com cada um, cada uma, que está aqui, nessa mesa de abertura, para a gente poder construir uma FNE melhor, levar dignidade para os nossos trabalhadores e construir uma sociedade mais igualitária para todos os cidadãos brasileiros e brasileiras do nosso país.”
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