“Quinta no Raul” tem programação especial de carnaval – 27/02

O Bloco infantil “Pé com Pé” e as sambistas do Coletivo Docilaré se apresentam no Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado, no dia 27 de fevereiro, com entrada gratuita. As atrações integram as ações do Circuito Municipal de Cultura.

Já no ritmo de folia, o “Quinta no Raul”, projeto especial do Espaço Cênico Yoshifumi Yagi/Teatro Raul Belém Machado, realiza uma edição exclusiva de carnaval, no dia 27 de fevereiro, quinta, com atrações para crianças e adultos. A festa terá início às 15h, com o bloco “Pé com Pé” e o seu repertório que abarca canções populares, cantigas de roda e músicas do universo infantil atual. Em seguida, às 20h, a roda “O samba não pode parar”, projeto das sambistas do Coletivo Docilaré, apresentará os maiores sucessos do samba de raiz, além de canções autorais. A programação acontecerá dentro do projeto “Carnavalzinho” e integra as atividades do Circuito Municipal de Cultura. Os ingressos são gratuitos e a retirada é feita pelo site Sympla. Mais informações pelo site do Circuito Municipal de Cultura.

O Circuito Municipal de Cultura é realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, em parceria com o Instituto Odeon.

“Pé com Pé”
O “Pé com Pé” é um encontro que convida as famílias para uma festa de muita alegria e diversão. O bloco surgiu em 2022, no bairro Dom Cabral (Região Sudeste de BH), a partir da convivência entre as crianças da Escola Pés no Chão, que despertou nos seus familiares o desejo de ver os pequenos inseridos em um movimento de ocupação dos espaços públicos da cidade naquilo que a faz pulsar, como o Carnaval de Belo Horizonte. A ideia foi ganhando forma e o “Pé com Pé” nasceu durante encontros e ensaios abertos realizados na Praça da Comunidade, conduzidos pelas criadoras do bloco, Débora Mendes e Tati Mitre.

As primeiras oficinas de instrumentos de percussão foram realizadas em janeiro de 2022, ministradas por Débora Mendes, que é batuqueira e percussionista desde 2012. O bloco fez a sua estreia no Carnaval de 2023, com produção de Tati Mitre, que é cineasta, batuqueira e produtora cultural. O grupo foi crescendo e atualmente é formado por 60 ritmistas na bateria, entre crianças e adultos de todas as idades, tocando músicas do repertório infantil, desde cantigas de roda até as canções atuais. Frente à harmonia está a co-criadora do bloco, Débora Mendes, e o músico multi-instrumentista, Ismar Reis. 

“O Samba não pode parar” 
O show é comandado pelo Coletivo Docilaré, formado por Elzelina Dóris, Cida Sanega, Vivi Amaral e Raquel Seneias, que construíram suas carreiras driblando o preconceito social e o machismo no samba. Juntas, as quatro sambistas promovem um encontro entre o “Samba Canção”, o “Samba de Roda”, o “Partido Alto”, o “Samba Reggae” e o “Pagode”. O quarteto canta um repertório composto por músicas autorais e interpretam sambas importantes do cancioneiro nacional, em um show que resgata a identidade e história do samba e conecta o público com as suas raízes. A apresentação no “Quinta no Raul”, no dia 27/2, terá transmissão ao vivo por meio da página do Coletivo Docilaré no Instagram: @docilare.coletivo.

Conheça as sambistas do Coletivo Docilaré
Dóris: uma das mais notáveis e raríssimas cantoras mineiras que não perde o prazer de interpretar e cantar com emoção momentos importantes da história do samba. Ela percorre com suavidade o itinerário musical do autêntico ritmo brasileiro, com força e autenticidade. Lançou seu primeiro CD, “Dóris Canta Samba”, em 2007, e em 2022 o seu mais novo trabalho, o EP “Vivências” – ambos disponíveis nos canais de streaming musical (Spotify, Deezer, Youtube Music etc).

Cida Reis: também conhecida como Cida Sanega, é cantora e intérprete sambista há 30 anos. Produziu e lançou de forma independente o EP “Cida Reis”, em 2017, disponível no Spotify, Deezer, Youtube Music e outras plataformas. Acompanha ativamente a movimentação musical negra em Belo Horizonte, onde já participou de vários projetos musicais, com destaque para o Festival Arte Negra/2003; o Espetáculo “Ayabas” no “Trilha da Cultura”, 2004/05; o Projeto Música Independente, 2008; o Projeto “Kora Brasil”, músico Senegalês Zal Idrissa Sissoko, 2011; e o Festival Música de Bhar, em 2018, com o qual ganhou o Prêmio de Melhor Intérprete.

Vivi Amaral: é cantora e intérprete desde os 13 anos de idade. Foi uma das criadoras do Projeto Samba Origem, que nasceu inspirado nos duetos vocais comuns nas décadas de 20 a 40, onde o foco se centrava nas harmonizações vocais. A frente deste projeto que durou seis anos, dividiu palco com importantes nomes da cena musical mineira e atuou como backing vocal nos CDs de vários artistas do samba em Belo Horizonte como Elzelina Dóris, Ana Proença, Sergio Pererê, Adriana Araújo, Fernando Bento e Mara do Pandeiro.

Raquel Seneias: pioneira do Samba da Feirinha – roda realizada aos sábados à margem da Avenida Silva Lobo -, faz parte de uma família tradicional do samba, é irmã de Seu Domingos do Cavaco e referência do samba no Morro das Pedras, na região Oeste de Belo Horizonte. Desde os oito anos, Raquel gosta de cantar, mas não imaginava ser capaz de se apresentar ao público. Chegou a recusar convite para morar no Rio de Janeiro, onde teria a oportunidade de cantar com Jovelina Pérola Negra, “mas recusou por insegurança, por medo de não dar certo”. Mas hoje a história é diferente! A cantora não desiste de seu sonho e segue firme se apresentando nas rodas de samba de Belo Horizonte.

CIRCUITO MUNICIPAL DE CULTURAQuinta no Raul | Bloco “Pé com Pé” (infantil) 
Quando. Dia 27 de fevereiro (quinta-feira), às 15h 
Onde. Espaço Cênico Yoshifumi Yagi / Teatro Raul Belém Machado (Rua Leonil Prata, S/N – Alípio de Melo)
Quanto. Os ingressos podem ser retirados on-line
Classificação. Livre
Duração. 1h20
Acessibilidade em Libras 

Quinta no Raul |Coletivo Docilaré apresenta “O Samba não pode parar”
Quando. Dia 27 de fevereiro (quinta-feira), às 20h 
Onde. Espaço Cênico Yoshifumi Yagi / Teatro Raul Belém Machado (Rua Leonil Prata, S/N – Alípio de Melo)
Quanto. Os ingressos podem ser retirados on-line
Classificação. Livre
Duração. 60 minutos
Acessibilidade em Libras