Bloco de Belô comemora 10 anos no Carnaval de rua de BH e promove ações de sustentabilidade e compensação ambiental
A intenção é durante o ano plantar 2.500 mudas de espécies nativas da flora da capital mineira
Todos os anos o Carnaval se transforma em um espetáculo vibrante de cores, alegria e ritmos. E nos últimos anos, o compromisso com o meio ambiente tornou-se uma peça fundamental para todos os fazedores da folia. E pensando nisso, para comemorar seus 10 anos de sucesso nas ruas da capital mineira, o Bloco de Belô promoverá uma série de ações de sustentabilidade e compensação ambiental como plantio de mudas de árvores e distribuição de sementes. Uma estratégia vital para compensar a pegada de carbono e fortalecer a biodiversidade local.
O Bloco de Belô sempre se preocupou em desenvolver ações e programas educativos antes e durante seu desfile. “Procuramos conscientizar nossos foliões sobre a importância da reciclagem, além da redução e do desperdício de itens utilizados na ornamentação do trio elétrico e demais itens utilizados em um bloco de carnaval. Lonas viram bolsas para os próximos kits de abadás e também souvenirs como pochetes”, conta Rangel Fernandes, diretor do bloco e profissional com formação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais.
Segundo Fernandes, em 2024 o Bloco de Belô espera um público 20% maior que o registrado em 2023, que foi de 300 mil foliões de acordo com informações da Polícia Militar. E por isso, o bloco utilizará uma infraestrutura maior como trio-elétrico mais potente, lonas ortofônicas, além de adotar algumas estratégias sustentáveis. Uma delas, para compensar a pegada de carbono em uma época de emergência climática, será o plantio de árvores nativas de BH, contribuindo para a absorção de CO2 gerado durante o cortejo que este ano será realizado no dia 10 de fevereiro, a partir das 15h, na Avenida Afonso Pena, próximo ao Palácio das Artes. “Com o crescimento do bloco, tivemos que deixar a rua da Bahia, trajeto que fizemos durante nove anos”, afirma Robhson Abreu, diretor-presidente do Bloco de Belô.
Para saber como calcular a pegada de carbono, conta o diretor, foram utilizadas ferramentas de cálculo de carbono gerado que levam em consideração dados importantes como materiais usados, lixos recicláveis ou não, combustível utilizado pelo trio elétrico e caminhão de apoio, além da estimativa de público que acompanhará o bloco na Avenida Afonso Pena. “Assim soubemos o número exato de árvores que devemos considerar para compensar toda a emissão de carbono gerada, um total de 2.500 mudas. Acreditamos que o plantio dessas árvores, além de ser uma prática eficaz na absorção de dióxido de carbono (CO2), desempenha um papel fundamental na restauração ecológica. Algo positivo quando pensamos em educação ambiental”, pondera Fernandes.
COMPROMISSO COM AS ESPÉCIES NATIVAS
Para garantir que o plantio seja benéfico para o ecossistema local, a escolha de espécies nativas para essa ação de compensação será essencial. As árvores estão adaptadas às condições climáticas e ao solo da região. Além disso, o uso de exemplares nativos ajuda a preservar a identidade única da flora de Belo Horizonte, promovendo a biodiversidade e protegendo espécies endêmicas, ou seja, de ocorrência local.
Os locais para o plantio serão cuidadosamente selecionados, priorizando áreas que tenham sido impactadas negativamente ao longo do tempo na Grande BH. A ideia é promover a ação em parques e áreas verdes urbanas, além de outras áreas degradadas. O objetivo é contribuir para a revitalização de ecossistemas locais, proporcionando benefícios duradouros à toda nossa comunidade.
De acordo com Rangel Fernandes, diretor do Bloco de Belô, o plantio de árvores será acompanhado por programas educativos. “Temos a intenção de firmar parcerias com alguns programas, envolvendo tanto os fazedores do Carnaval, incluindo a equipe do Bloco de Belô, quanto a comunidade em geral, nossos fornecedores e também foliões. Assim todas as iniciativas sustentáveis poderão ser replicadas por todos. As ações visam aumentar a conscientização sobre a importância da preservação ambiental, incentivando a participação ativa na construção de um futuro mais sustentável em nossa sociedade”, afirma Robhson Abreu.
E ao unir a celebração do Carnaval de rua com ações concretas de sustentabilidade, os dirigentes do Bloco de Belô acreditam estarem pavimentando o caminho para um futuro mais verde e equilibrado. Cada árvore que será plantada será um gesto que transcenderá a folia momentânea, deixando um legado duradouro para gerações futuras. “Que o ritmo contagiante desta grande festa, que é o Carnaval, seja a trilha sonora para uma transformação ambiental mais positiva e mais verde”, diz Abreu. “A ideia com tudo isto é celebrar a vida, a cultura e a natureza, inspirando mudanças significativas para um planeta mais sustentável”, completa Fernandes.
Em 2024, o Bloco de Belô tem patrocínio da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, por meio da Belotur; da empresa de apostas esportivas Bet7k; da revista PQN; Ousadia Ice; jornal Diário do Comércio; Quality Events; apoio de mídia do Jornal de Belô, revista digital Cenários, Contagem TV e Diário de Contagem; e apoio da Tia Lia Confeitaria e Buffet e também da Associação dos Bloco de Rua de Belo Horizonte (ABRABH).
SERVIÇO:
BLOCO DE BELÔ
Cortejo dia 10 de fevereiro, sábado a partir das 15h
Av. Afonso Pena, 1377 Centro, próximo ao Palácio das Artes
Foto: Robhson Abreu, diretor do Bloco de Belô, no plantio de mudas promovido em 2023 pela Belotur, na orla da Lagoa da Pampulha. DIVULGAÇÃO
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